Foi marcante enquanto durou

Palavras de despedida do EB-1ºCTA

Exmo Sr Gen Leal Pujol – Comandante Militar do Sul, autoridade em nome do qual reverencio e cumprimento todas as autoridades citadas no protocolo e, antecipo minhas escusas e conto com a gentileza da compreensão, caso tenhamos ocorrido em equívocos no protocolo. Comandantes/Chefes/Diretores de OM, militares presentes e nossos amigos civis, sejam bem-vindos. Abarcando todos, senhoras e senhores convidados que abrilhantam nossa cerimônia, agradeço-lhes imensamente a presença.

Bem, começarei minhas palavras fazendo uma propaganda institucional do 1º CTA.

Para fazê-lo seguirei o seguinte sumário:

  1. arar o terreno (Planejar);
  2. semear (Desenvolver/Executar/ Dirigir);
  3. cuidar do plantio (Conferir/Checar/Verificar); e
  4. colher os frutos (Alavancar/Ajustar/Atuar/Agir).

É sério! (“não peguei o papel errado, não”). É interessante que se conheça um pouco melhor o 1º Centro de Telemática de Área.

Arar o terreno geralmente é um trabalho deveras árduo. Mas, do que se trata “arar o terreno” na área de Tecnologia da Informação e Comunicações (vulgo TIC)? Em parte, é fazer com que as 113 OM que apoiamos, no estado do RS, tenham conhecimento límpido e claro de nossa incumbência (1º CTA), demandando-nos serviços alinhados com o nosso Catálogo de Serviços. O Catálogo de Serviços nos ensina a ser assertivos: “fazer o que tem que ser feito e fazê-lo bem-feito”. Ainda, na servidão de “arar o terreno”, este mister envolve tecnologia e inovação na busca da composição perfeita da solo para o respectivo cultivo. Ao citar composição, destaco que as Seções de Informática de cada OM são como nossos insumos para o enriquecimento do solo; assim sendo, aquelas OM que não dispõem de uma equipe de informática constituída representam solo débil; estando sujeitas a baixa produtividade e as “pragas” de TIC.

Semear é investir/acreditar no solo. Eis o passo essencial para o milagre da multiplicação. E, ao nos referirmos aos Centros de Telemática, o milagre se dá quando se conecta o ponto “A” ao ponto “B”, seja para comunicação por voz, vídeo ou transmissão de dados. O semear requer conhecimento e prática e, para tanto, dispomos de um time altamente especializado na arte de conectar. Caro amigo TC Saulo a sua frente estão perfilados, uma parte dos 135 melhores profissionais militares da área de Tecnologia da Informação e Comunicações da região dos pampas.

Cuidar do plantio é custeio. Representa o emprego de recursos: humanos, financeiros, materiais, equipamentos e tempo. Este é o nosso trabalho silente e diário, no cuidado para manter operacionais às Redes Metropolitanas, as centrais telefônicas e os ramais RITEx funcionando, nossas 28 (vinte e oito) Redes Rádio Fixa Seccionais falando, o antivírus corporativo instalado nos 5.500 computadores de nossas OM, a disponibilidade das páginas e sistemas hospedados em nossos servidores. Eis a nossa capina diária e escamoteada (sem ninguém ver). Falo escamoteada, pois cabe-nos muito bem o slogan do EB que diz: “você pode não ver, mas estamos sempre presentes!”, em razão das torres, equipamentos rádios, fibras ópticas, roteadores, centrais telefônicas que temos espalhados pelo Rio Grande e, constantemente, monitorados.

Por fim, a “colheita”. Colher os frutos é a bênção de Deus ao trabalho realizado, depois de arar, semear e cuidar; simples assim! Portanto, sendo uma bênção, resta agradecer em júbilo, cônscio que o resultado do trabalho é o conjugado de uma infinidade de fatores, em que perseverou a convicção de propósitos, a confiança depositada pelos nossos superiores hierárquicos e o espírito de corpo do Centro de Telemática. Ter sido Chefe do 1º CTA foi para mim uma missão bela, honrosa, desafiadora e, ainda, me rendeu sabedoria para constantemente perseguir as servidões: “arar, semear, cuidar e colher”.

Feita a propaganda, poderia ter discorrido este mesmo roteiro, referindo-me ao ciclo PDCA – Planejar, Desenvolver, Checar e Ajustar; mas perderia a parábola e a ferramenta da palavra para “afofar o solo para o iniciar dos trabalhos do meu sucessor”.

Caro amigo TC Saulo, Rosimar e família (filhos: Juliana, Lucas e Henrique), sejam muito bem-vindos. Apenas uma recomendação, cuidado que o Rio Grande tem o poder de abduzir forasteiros. Fiquem de olho nos primeiros sintomas de estarem se aquerenciando, são três:

  1. começar a gostar de chimarrão;
  2. passar a ouvir música do Mano Lima; e
  3. ir assistir ao show do guri de Uruguaiana.

Um breve adendo nesta cerimônia, em ato único e contínuo, despeço-me do 1º CTA e da honra de envergar a farda verde-oliva do meu querido EB, uma vez transferido, a pedido, para a reserva remunerada, com a alegria inerente daquele que tem consciência de ter cumprido com a sua missão, da melhor maneira possível, consoante minhas limitações. Sinto um turbilhão de emoções, mas sou um otimista irrecuperável e creio mais no “até logo” do que no “adeus”. Nestes dias modernos, estamos acessíveis ao estalar dos dedos (ou seria um clicar de botão): pelo celular, EBCloud,  EBMail (***[email protected]), EBChat (Gen Lobo, não citarei o nome daquele aplicativo concorrente) e, fisicamente, estaremos próximos de PoA, pois fixaremos residência em Caxias do Sul.

Antes dos agradecimentos finais, declaro em público meu amor incondicional aquela menina de vestido estampado, que se chama Rosaura, que prefere ser chamada de Neca e que eu chamo de “minha preta”. Sem ela do meu lado, eu perderia o rumo.

Muito obrigado aos meus chefes operacionais (antigos e atuais) (Gen Leal Pujol, Gen Mourão, Gen Stumpf, Gen Bassolli, Gen Penteado, Gen Bandeira e Cel Da Silva), aos chefes do CITEx pelas fundamentais orientações técnicas e profissionais (Gen Decílio e Gen Lobo – que presidirá a transmissão do cargo), ao Ordenador de Despesas do CMS – Cel Marcelo, aos Cmt/Ch/Dir de OM (todos… braços fortes e mãos amigas), aos chefes de Seções do Cmdo CMS e da 3ª RM, aos meus “braços direito e esquerdo” durante o período de chefia no 1º CTA (Cel Furrer – Subchefe e TC João – Assuntos Diversos), a cada integrante do 1º CTA (essa equipe maravilhosa – sempre a surpreender, superando muitas e muitas vezes, minhas expectativas) e a todos que direta ou indiretamente contribuíram no cumprimento de nossa missão.

 

Termino com o nosso lema: “conectar as Organizações Militares do CMS, sediadas no Rio Grande do Sul.” 
1º CTA: Aço… Brasil!

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