Enquanto o poço não secar …

… ainda estamos aqui!
Dizem que a política é a arte do diálogo e de trocar negociações. Prefiro palavras mais diretas: “toma lá, dá cá”. Negociar é uma prática corriqueira, a questão é … em benefício de quem os políticos negociam? Elementar caro Watson, em benefício próprio.
Eu seria capaz de apostar nos “novos” mandachuvas do Congresso Nacional: Davi Alcolumbre e Hugo Motta. Afinal, foram eleitos com massiva votação e intrigadas negociações pra tudo quanto é lado. Estes ilustres senhores serão responsáveis por harmonizar os passos do Legislativo, na dança dos três poderes. Até o momento, tem-se usado torpes calçados – com biqueira de aço – no bailão.
Uma coisa é incontestável, sempre evoluímos! Pobre do Ulysses Guimarães, caso se deparasse com a nossa Constituição Federal de 1988 – vulga colcha de retalhos, por conta das inúmeras emendas. Ah tá, vamos esclarecer, existem as emendas constitucionais e as emendas parlamentares. Pra sorte ou azar da Constituição, os parlamantares andam deveras atarefados com seus leques de dinheirama. Quem quer dinheiro? Emendas: (i) de Bancada; (ii) de Comissão; (iii) de Relator; (iv) Individual – Transferência com Finalidade Definida; e (v) Individual – Transferências Especiais.
Gostemos ou não, esta é a nova moeda de negociata estabelecida entre o Executivo e Legislativo (aliados), em detrimento das indicações para cargos ministeriais e oligárquicos. Fora os penduricalhos [1] por fora. Aliás, mais uma evolução, as duas modalidades de barganha (emendas parlamentares [2] e conchavos políticos) são moedas mais correntes do que nunca, em Terra Brasilis.
Voltando ao palco, dançar exige do “casal” coordenação e confiança, objetivos ousados de serem angariados no covil político, cujo DNA é talhado para o fingimento e falsidade [3]. Ao compor a quadrilha com a representação da grega Dice – de preferência altiva (de pé com moral e ética) – que se some equilíbrio e mais dignidade ao arrasta pés do trio da Esplanada, tudo em prol de um bem maior: compromisso com o País. “I had a dream.”
Eu disse que faria uma aposta, mas quem aposta, fá-lo favorável ou não a algum resultado.
Há um movimento por aí que propaga “brasileiros precisam parar de falar mal do Brasil”. Sendo assim, como eu adoro ver os “minions”, com seus respectivos bonés [4], fazendo cara de coitadinhos … o caixa das apostas está indo a bancarrota: (1 x 7), metas pra gasolina e pro dólar! Não há como cobrir tamanha gastança dos Poderes; isto não é difamar a pátria, é falar a verdade.
Só mamata! Alcolumbre merecemos … eca! Que nojo!
Registro de provocações nas entrelinhas, mordiscando bem miudinho pra ninguém se zangar:
- [1]
- Mensalão, Sangues-sugas, Anões, Mensalinhos e cuecas com bolsos.
- [2]
- Seria cômico se não fosse trágico. Os ajustes fiscais cabem pro lado do Executivo, já pro lado de cá (Legislativo) pode abrir a torneira.
- [3]
- Meus sentimentos sobre a classe política são inconfessáveis. Tenho absoluta certeza que transparência, ficha limpa e compromisso são atributos incompatíveis com estas figuras sem cara (existem os duas caras, mas político suplanta estes).
- [4]
- “Pérolas” cravejadas nos bonés: “Make America Great Again”, “O Brasil é dos brasileiros” e “Comida barata novamente, Bolsonaro 2026”.
“Liga não, BRASIL … em se plantando, tudo dá!”
– Dizia Cabral, sem conhecer nossos políticos.
1 comentário