Fogo no Parquinho

50% … quer café!?

🎵 … uma ψnião €uropéia incomoda muita gente, um BRICS incomoda, incomoda muito mai$$$. 🎵

Eu já não me surpreendo com o Trump, até chegar o dia seguinte. Temos na Coréia do Norte o caricato ditador Kim Jong-un com muita pose e pouca lenha pra queimar. Temos agora, em plena América do Norte um desequilibrado e errático, ainda mais “topetudo” e adepto das amplas queimadas, inclusive capaz de se auto-inflamar.

Procurar lógica na cabeça do “tocha humana” americano é perda de tempo. Para trazê-lo a algum grau de aparente serenidade, só o confinando com outros comburentes assemelhados: Elon Musk, Nethanyaro, Putin e Bolsonaro. E que seja uma reunião bilateral breve e com limitada reserva de oxigênio, se não fica impossível de apagar!

Incorre num equívoco quem me julgar partidário de algum lado da polarização. São exatamente a mesmíssima coisa, com sinais trocados. Tal como ver Lula – ostentando um cartaz indecoroso – a defender Cristina Kirchner e criticar o processo jurídico argentino. Igual, só faltou instigar a Argentina com tarifaço! O abufelado [1], defensor dos oprimidos, também tomou partido da Nadine Heredia, buscando de FAB a “coitadinha” que lavou dinheiro no Peru. Pelo menos, deixou de flertar – em público – com o “democrata” Maduro. Politização – em tudo – é coisa corriqueira do lado “A” e “B”; no entanto, as “belezuras” reparam no rabo dos outros mas não enxergam o próprio umbigo.

Mas deixemos a roupa suja pra área de serviço … depois da cartinha de tarifa de 50% ao Brasil, qual é a Ordem do Dia? Depende!?

Uns dizem que a culpa é do Lula que vem assumindo postura tolerância zero, salvo pra sua trupe do BRICS. Outros dizem que é culpa dos “vassalos”, sopradores de fogueira da direita, doidos para verem o parquinho pegar fogo. Agora a posição que mais se destaca nesta pendenga é do Congresso Nacional. Simplesmente, estão focados … tão nem aí, tão nem aí! Pragmáticos, há brasas mais quentes a serem puxadas para si (emendas, mais deputados federais e costuras pra vaguinha [AL x Renan] no Senado por debaixo do pano).

Sorte nossa que o mundo é globalizado, interconectado e permeável; apesar dos adoradores de muros. Os arroubos incendiários do Donald Trump no campo político, econômico e moral, movidos por motivações de cunho personalíssimo, enrubesce seus cidadãos pátrios aos olhos do mundo; pelo menos, servindo de consolação aos agregados que estão sendo vilipendiados do arraiá em fogo (EUA).

Sinceramente, neste cenário mundial bélico e desajustado do jeito que está e onde ninguém tá nem aí, sofrer um bombardeio de tarifas [2] é lucro. Ao final, valerá a bravata e narrativa USA que a “operação tarifa ofensiva” foi o grande legado de Trump (carece de afago ao ego); a diplomacia brasileira terá que limpar o rastro por onde passou a boiada; e o mercado se encarregará das devidas acomodações ao momento reinante. Indubitavelmente, um ou outro setor produtivo (laranja pro “laranjão”, café, carne, minério e/ou aeronave) levará um tranco forte, fazendo parte dos efeitos colaterais do ataque piromaníaco americano. Mas, é bom sempre cuidar do “sabor do vento” que pode mudar num “piscar de olhos puxados” e redirecionar a labareda. A China já chegou!

A única certeza é que os ventos comerciais e as fraldas [3] (com os respectivos “políticos fétidos”) hão de ser trocados. Contagem regressiva até zerar em Out 2026; por enquanto, rezar e apertar o cinto.

Registro de provocações nas entrelinhas, mordiscando bem miudinho pra ninguém se zangar:

[1]

À la Mario Jorge Lobo Zagalo, como cidadão tenho que engolir o descondenado – por respeito e consideração a democracia (governo da maioria, mesmo que seja metade mais um) – mas pessoalmente este sujeito não me representa. Sinto vergonha!

[2]

O nome correto disto é sanção comercial por intolerância de viés político e ideológico, na tentativa de interferir na soberania nacional de outro país. Para os patriotas bolsonaristas, parece tudo bem pois danem-se os meios contanto que se alcance o fim. Como sempre digo, podem até diferir na retórica mas são iguais nas ações (“farinha do mesmo saco”).

[3]

“Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo.”

“Cada um puxa a brasa para a sua sardinha.”