Inovação

Foco no resultado …
“Considere as experiências passadas, levante as possibilidades futuras, mas se valha do resultado no momento presente”. Já ouvi várias e várias versões desta análise temporal e todas parecem se alinhar … o que manda é o presente, o resto acaba sendo mero saudosismo ou pura especulação.
No entanto, o interessante é que “passado, presente e futuro” se misturam num turbilhão de onda e nos faz levar uns caldos homéricos. Os limiares “físico-digital” se confundem, o mundo gira atemporal, a tal ponto que o “caixote” é inevitável. Por isso, defendo: temos que nos libertar!
Peraí … refiro-me a se desapegar das rotinas e dos hábitos (se livrar dos grilhões). Há sinais clássicos para se externar e, consequentemente, se identificar a teimosia arraigada e retrógrada inerente aos acorrentados: (i) por aqui sempre foi assim; (ii) esse modismo não cola comigo; (iii) a cultura organizacional daqui é diferente; (iv) pau que nasce torto morre torto; e (v) nem vem que não tem! (frase muito ouvida pela Teca das Mensagens que tive oportunidade de conhecer de raspão)
Isso é um barato e reforça as fases do processo natural de superação humana: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Cada um sofre ao seu modo – mais ou menos – nas metamorfoses, as vezes saltando fases, conforme a velocidade de adaptação do vivente. Pecador, não me atrevo a atirar pedra, e faço minha parte procurando não ser o boneco “João Teimoso” da vez. Na medida do possível, espero estar antenado e ajustado no tempo (menos careta); sem amarras, sem travas e, subjetivamente, dispenso as “cicatrizes artificiais”.
Então, já falamos do tempo acelerado, do João T. que insiste na inércia … tudo isto, tratam-se de preparativos para chegarmos no tema inovação. Ontem, na WCD (World Creativity Day – 2023) na UCS, fui instigado a pensar – depois de tantas palestras – na seguinte equação: “Inovar = ideia + implementação + resultado” (Léo Redondo).
Um tal de Elon Musk teve uma ideia “du pirú”: lançar o Starship (maior foguete da história). Aliás, não sabia que tamanho era documento nesta seara … mas tudo bem (pode falhar): não teve riste e foi pro beleléu!
É impressionante comparar a rapidez da implantação e adesão do Pix em contraponto ao cartão de crédito e/ou débito – “dinheiro de plástico”. Lembram, nos primórdios, tínhamos que apresentar – junto com o cartão – a identidade; e agora, venha o que vier, sem cerimônia, tocamos ficha nas transações comerciais. Mudar dói, né João; no entanto, parece remanescer uma boa dose de analgésico das experiências pregressas. Será que estamos nos tornando mais confiantes?
Enfim … a ideia importa; apesar de não importar de quem ou de onde saiu. A velocidade alucinante de implementação, importa; é sempre pra ontem. Porém, o resultado é o fator decisivo para caracterizar inovação. Veja bem, tanto resultado positivo quanto negativo. Não cabe subjetividade na apuração do resultado, nem cabe a palavra talvez; pois é binário: go or no go! Pode ser que se apresente uma planilha toda fudência – com múltiplos indicadores de desempenho coloridos -, mas o que faz diferença é saber responder uma pergunta simples: passou pelo crivo da aceitação em massa ou virou pó no caminho? Se virou pó, serve de adubo pro próximo ciclo, sendo inerente o risco.
“Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; APRENDER SEMPRE é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.”
– Mario Sergio Cortella
Palestras assistidas em 21 de abril de 2023: (i) Não nascemos prontos!; (ii) Criatividade na calçada; (iii) O uso da tecnologia no emprego da criatividade; e (iv) Bomba! O que nunca te falaram e o que você sempre quis perguntar sobre criatividade e inovação.