Escola da Inovação

E aí galera!!! Tô realizando um curso muito irado denominado “Escola da Inovação”, fruto de uma iniciativa do Instituto Hélice. Olha … a experiência é muito bacana e os professores da UCS, FSG e Uniftec estão se empenhando ao máximo para nos fazer mergulhar até o pescoço (Jornada Imersiva) num ambiente de reflexão e criatividade.

Uma equipe muito fera dos Institutos de Ensino Superior (IES) de Caxias do Sul – RS nos provocam sobre a utilização das tecnologias portadoras de futuro, ministrando aulas palpitantes e criteriosamente pensadas sobre os tópicos: mentalidades, instrumentos, conexões e ações. Dando um spoiler, apesar das tecnologias (que são meios) e ferramentas habilitadoras, foi e está sempre sendo reforçado que as necessidades e potencialidades das PESSOAS estão sempre NO CENTRO de quaisquer esforços.

A primeira submersão foi a criação de Grupos de Estudo (GE) dentre os instruendos do curso e a designação de um desafio pra cada grupo. Ao nosso GE coube o seguinte desafio: “Como melhorar a mobilidade utilizando tecnologias portadoras de futuro?

Desafio: em qual direção seguir?

 

Neste ponto é interessante a interpretação da figura acima. Apresentaram-nos fundamentos teóricos para trilharmos juntos até o ponto de interrogação (em destaque na figura) e sugeriram-nos 7 (sete) direções para desbravar: os desafios. Escolhemos o nosso desafio e vale a pena reforçá-lo: Como melhorar a mobilidade utilizando tecnologias portadoras de futuro?”

 

A fábula: os cegos e o elefante

Demoramos (GE) um bom tempo batendo cabeça para interpretarmos que uma direção é, ainda, algo genérico, abstrato e macro (“imagem difusa”), não significando a definição de um alvo. Sem notarmos, com cada um dando o seu melhor, estávamos afogados na fábula dos cegos e do elefante.

 

Tivemos que ter despertada a habilidade e sinergia em grupo para FOCAR (priorizar) o alvo e, a partir de então, conseguir elencar UMA necessidade, dentre as tantas que pipocavam. Ou seja, teríamos que descobrir as personas, traçar o objetivo e estabelecer as metas para elaborar o planejamento mirando as dores DAQUELE problema (necessidade) específico. E, saindo do MACRO e indo pro MICRO, fizemos a escolha do PROBLEMA a ser atacado!

Fechando o escopo e escolhendo UM PROBLEMA (oportunidade de melhoria)

 

Bem … semáforos!? Tá de brincadeira, semáforo não é nada inspirador e aflora uma antipatia gratuita lá do subconsciente. Os “luminares” parecem conspirar contra nós, principalmente quando a pressa está de carona. Peraí amigo(a), mesmo não sendo o  queridinho, tem muito mais caroço neste angu!

O que me diz dos semáforos serem responsivos a situações de urgência ou emergência, liberando a sinalização de trânsito no itinerário de deslocamento de uma ambulância; talvez, a posteriori, possam atender também ao Bombeiro e a Polícia. Semáforos “inteligentes”, dispondo de tecnologias (IoT, C-ITS e V2X) e conectividade, poderiam dispor de outras funcionalidades, tornando nossa cidade mais eficiente e menos perigosa no trânsito. Fique à vontade pra soltar a imaginação e até (importantíssimo) fazer o papel de “advogado do Diabo” (pensamento crítico)!

 

Mesmo porque, ainda suscitam dúvidas básicas as quais precisamos buscar as respostas:

  • O motorista da ambulância realmente sofre no trânsito?
  • Há registro de acidentes ou atropelamentos nos atendimentos às ocorrências?
  • Quantos são os semáforos na cidade? (aproximadamente 300)
  • Caso de fato seja um problema; a população, principalmente os fortuitos vitimados, agradeceriam a maior presteza do atendimento. Ou seja, esta é uma causa raiz de problema? Fará diferença? Não seria mais importante ter maior número de ambulâncias?

Não esquenta não, o estudo tá só começando! E não vamos esmorecer, caso nossa “lupa” tenha dado defeito e venhamos a ter que pivotar (reajustar a mira). Todas estas experiências, descobertas e redescobertas fazem parte do processo de aprendizado. Por agora, nos resta “socorrer” quem sente a suposta dor: prestador (motorista ou socorrista) do Serviço Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192). Vamos preparar a pesquisa (trabalhar a empatia) e reunir inspiração (“apaixone-se pelo problema e não pela solução”).

 

Plano de Trabalho do Grupo

 

Acredito que uma jornada (dois meses) numa Escola da Inovação não seja possível se esgotar num artigo único. Portanto, preparem-se para os emocionantes mergulhos dos próximos capítulos. Para aqueles que o assunto “semáforos inteligentes” despertou o bicho-carpinteiro, seguem outros insights tecnológicos correlatos: (1) Garagem360; (2) Mundo Conectado: C-V2X; (3) LoRa Architecture for V2X Communication e (4) ITDP

(*)

Só feras fomentando conhecimento sobre inovação:

“Apesar das cidades serem centros de inovação, crescimento econômico, transformação social, saúde e educação, seu crescimento traz para discussão questões sobre aquecimento global, administração de recursos, economia baseada na baixa emissão de carbono e desigualdade social. As cidades requerem soluções inovadoras em seu design, em sua governança e em sua infraestrutura de investimentos, para que possam responder essas questões de maneira apropriada.”
(MITCHELL; CASALEGNO, 2008)

3 comentários

  1. Mario Câmara em 17 de novembro de 2022 às 13:28

    Visita a SMTTM de Caxias do Sul - RS

  2. Mario Câmara em 16 de novembro de 2022 às 07:12

    Feedback de especialista em mobilidade.

  3. Mario Câmara em 10 de novembro de 2022 às 17:25

    A pesquisa junto ao público alvo cumpriu sua missão. Nos apontou que os semáforos não são um dor aguda (digna de urgência) dos socorristas. Pelo menos, as respostas dadas nos desestimulou neste problema que pareceu pouco impactante para os diretamente envolvidos. Provavelmente, vamos pivotar!
    Talvez não … fomos orientados a mudar a “persona”, dirigindo-nos a quem bancaria e prima pela melhoria na prestação do serviço: Prefeitura Municipal de Caxias do Sul. A perspectiva do gestor, com toda certeza, será mais abrangente e holística. Tivemos uma reunião muitíssimo proveitosa com o Diretor Sr. Cleberson Babetzki e Sr. Talivan Tavares, que nos nivelaram o conhecimento sobre projetos municipais em andamento. Ainda, tivemos a grata felicidade de uma breve intervenção do Secretário de Trânsito (SMTTM) Alfonso Willenbring.
    Sugerido também buscar conselho de um especialista em mobilidade urbana: Rodrigo Tortoriello. Empresas locais do ramo mobilidade urbana: Digicon e DGT.

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